sábado, 11 de dezembro de 2010

Desejos

Bom dia...

Hoje me senti roubada de um desejo... Pequenos e simples desejos que aos poucos se esvaem, sem que notemos sua partida, até que seja tarde de mais para realizá-los.

Ah!! Como sonho com Gaia... Em poder percorrer seu belos campos, sentindo os ventos e as vozes da liberdade sussurando meus ouvidos. Ah, como era feliz.

De minha juventude, aproveitei pouco. Muito, no pouco tempo que pude explorá-la. Mas agora dentro deste pacto de estações, em algumas situações, me vejo presa quando minh'alma urge por respirar o perfume das flores, e dançar a luz da lua.

Sei de minhas responsabilidades. Minha pequena Selena. Meu Marido. Meus deveres como Senhora do Submundo.

Entretanto, em diminutas ocasiões, quando a luz da lua atravessa toda a extensão dos mares de Posseidon, e tocam a fria pedra de meu reino, eu me lembro saudosa, dos passeios sob o calor do sol... De molhar os pés em rios, cantar com ninfas... E sinto como, se houvesse alguma forma de eu alcançar tal sublime prazer novamente, eu a agarraria com todas as minhas forças...

Um desejo tão pequeno... perto de tudo oque acontece mundo a fora... Mas que para mim, valia metade do meu reino...

Hoje eu vi uma pequena passagem, para correr de volta à Gaia... Fiz oque qualquer mulher faria. Separei uma tunica suave como o balançar das folhas, deixei ordens por todos os lados, para que não houvessem problemas durante minha ausência, ousei sonhar com a revigorante sensação do vento acariciando meu cabelo.

Tudo, para ver a passagem se fechar poucos passos a minha frente.

Admito que ainda sinto o gosto amargo do pesar, preso na minha garganta, e se recusa a sair...

Alguns podem olhar e dizer, que foi por uma causa maior, ou "um bom motivo para você ficar". Mas poucos parecem realmente compreender, que eu preciso destes pequenos desejos... Eles mantêm meus pensamentos claros... Como personificação viva da primavera, eu me sinto definhar, presa entre quatro paredes.

Mas este é o meu destino... Escolhido no dia que toquei aquele Narciso... Agora tudo oque me resta é engolir as lágrimas, e continuar caminhando...

Perséphone Moriat

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O Tempo

O Pai do Tempo.

O Pai Tempo.

Pai de todos nós Mortais ou Imortais, ele é a Origem de tudo oque existe...

Mas é curiosa, a relatividade do Tempo.

Hoje é hoje.. o Amanhá em breve será hoje e logo passará a Ontem... Mas Hoje vivemos o Amanhã de Ontem, e assim seguimos sonhando e perseguindo o Amanhã, fugindo de Ontem e muitas vezes... Nos esquecemos de Hoje.

Hoje, me levantei, tirei minha filha do berço e lhe dei café da manha. Assim como fiz ontem, e como farei Amanhã.
Hoje, me dediquei a meus afazeres, assim como fiz ontem, e como farei amanhã.
Hoje, me obriguei a correr contra o tempo, assim como fiz ontem, e como farei amanha.
Hoje, desejei bom dia ao meu marido antes que saísse para trabalhar, assim como fiz ontem, e como farei amanhã.
Hoje, me permitir sentir o tempo passar, escorrendo entre minutos e horas, assim com fiz ontem, e como farei amanhã.
Hoje, me senti saudosa daqueles que ja foram, e daqueles que ainda estão conosco, mesmo que distante. Assim como fiz ontem, e como farei amanhã.

Mas oque eu vivenciei Hoje?

o Hoje que vivemos é um dia marcado por oportunidades. Qualquer um pode parar e pegar o celular, e depois de observar a lista de contatos, ligar para algum amigo querido. Pegar aquele caminho 10 metros mais longo e dar uma paradinha na casa de um conhecido de infancia. Levar quem ama nem que seja para dar uma volta na praça, poder dizer, "o dia está lindo" e "como é bom estar com você"

Porquê o Hoje, passa rápido... E logo se torna mais um ontem que as vezes se esvai, as vezes nos persegue. Nós Imortais, ao contrario dos humanos, acumulamos centenas de "Ontem"s para nos assombrar, e nunca esquecer.

Mas uma coisa a qual humanos se apegam, é a ideia de que "Ainda haverá o Amanhã", e poucos percebem que o seu tão precioso Amanhã começa Hoje. Não é esperar que o Amanhã chegue, e sim lutar para agarrá-lo e torná-lo Hoje.

Hoje, me levantei e dancei e brinquei, cantando com minha filha, vendo seu sorriso brilhar em seu rosto, assim como fiz ontem, e como farei amanhã.

Perséphone Moriat

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Palavras que não devem ser ditas.

Boa Noite...

Faz algum tempo que não venho a essa minha caixinha de pensamentos... Na verdade até tenho vindo desfiar meus rosários de memorias e devaneios, em alguns post guardados a espera de reflexão e envio.

Mas já não é a primeira, ou a segunda vez, que num momento de dor ou desespero, eu despejei minhas dores sobre o teclado, e as deixei fluir atravez de letras pretas como correntes marcando esta tela clara, carregadas de todos os tipos de pensamentos, desde palavras acidas de ódio a magoas lavadas de lágrimas.

No entanto, depois desta explosão de emoções, e a fúria dissipada, eu gasto algum tempo relendo as enorme cronicas aqui construtas.

E então as palavras de muitos dos que passam por nossas águas em seu descanso em direção a nova vida, me vem a mente...

"Eu realmente devia dizer isso? Qual seria a consequência, se eu proferisse tais palavras?"

Eu ouço tais frases como ecos em meu mundo, ressoando contra as paredes junto às "Eu devia ter dito a ela que eu a amava", ou "Eu devia ter notado", e as mais pesarosas, "Eu devia ter me desculpado" ou "Eu queria mais um chance"

Eu e meu marido as vezes passamos incontáveios horas apenas ouvindo a estes ecos... Alguns são engraçados, e até irônicos, e alguns os quais nos fazem parar e refletir sobre oque tem acontecido no mundo dos vivos.

Esta tarde, durante mais uma longa peregrinação ouvindo os ecos dos mortos, ou ouvi palavras daqueles que se lançam em nossos braços, num desejo insandecido de paz, que acreditam que podem encontrar em nossas águas...

Como se fosse tão simples... Nada, acontece sem passar pelos fios das irmãs... e a menos que ele acabe no tear, a sua vida vai continuar... a consequencia dessas tolas tentativas frustradas, são danos eternos... Danos profundos...que tornam cada vez mais intragáveis os momentos que deveriam usar de aprendizado, em sua curta passagem sobre a terra.

Uma das quais me chamou a atenção foi:

"...Eu vi o desfecho da história... Não há mais nada para mim neste mundo... Não desejo mais viver..."

Entre soluços vi uma jovem consumida de dor, por problemas com seu consorte...

Então eu me pergunto... Se fosse este o fim de sua estadia na terra dos vivos, qual seria o seu arrependimento?

Pessoas de todas as idades se lançam em nossas águas, por livre e expontânea vontade, por desespero, dor, tristeza, e alguns casos que não saberia dizer se lindos, ou bizarros, por amor.

Felizmente, para ela, o fio da vida ainda corre, belo e solto pelos teares das irmãs que tecem o destino da humanidade.

Mas eu me pergunto... agora olhando para os textos furiosamente grafados, e registrados em outros arquivos para envio, eu me pergunto que impacto causariam... Seriam eles a minha vontade humana de me expressar para dar vazão a sentimentos que em profusão invadem meus pensamentos, ou será que são minha humanidade se atirando no fundo do rio dos mortos, apenas desejando que o chaos que me atormenta seja lavado, independente do impacto que isso pode ter entre aqueles que convivo?

É um dilema que ainda tenho que solucionar... Espero observar essa jovem de perto...

Afinal... a história dela está apenas começando...

Perséphone Moriat

domingo, 12 de setembro de 2010

As lamúrias de uma mulher solitária

Mais uma vez, venho aqui tarde da noite... onde o véu de Nuit me cobre completamente e as dores que atravessam este coração imortal mais uma vez me roubam o sono e o desejo de qualquer coisa que não seja chorar...

Hoje senti meu peito apertado novamente...

Mais uma vez, eu vi nos olhos do senhor do caos, dor e sofrimento, que eu mesma gerei dentro dele... isso quebranta minh'alma a ponto de eu perder meu auto-controle... minhas defesas... e assim as poderosas represas se partem em cascatas de incessáveis lágrimas... e mais uma vez deixo o papiro de lado, em troca desta caixa de letras, onde todos podem ler, mas ninguém o faz... Por mais irônico que seja, é mais seguro do que um desses cadernos que se vendem já decorados e com brochuras metálicas que as adolecentes escondem embaixo de travesseiros e no fundo de suas gavetas, necessitadas de revelar segredos, que deveriam ficar ocultos, dentro das coloridas paginas de seus tais chamados "diarios".

Tal necessidade é uma salvação e uma prova condenável, já que, se mantivesse tantos pensamentos trancafiados dentro de suas mentes logo explodiriam como o poderoso Versúvio sobre os inocêntes cidadãos de Pompéia, que por descaso e azar de seus caminhos se encontraram com o triste fim que se assemelha muito a cruzar o caminho de uma dessas adolecentes explosivas em meio seus rompantes de furia. Ao passo que tais segredos e pensamentos dispersos em folhas de papel, escritos com exultação e mágoa, sem receios ou pudores, possam trazer dor e caos à vida daqueles que os encontram, cujos olhos nunca deveriam conhecer os muitos impropérios descritos ou as lagrimas vertidas dissolutas na tinta que risca sofregamente as paginas e mais páginas, onde o coração verte tudo oque sente.

Mas, mais uma vez estou divagando, eu faço isso sempre... É curioso, como fazemos associações tão rapidamente que nos perdemos tão facil quanto uma criança caçando vagalumes no meio da noite...

Ah, se houvessem vagalumes nestas minhas noites sombrias... Apanharia todos eles para trazer luz sobre esta dor que nos atinge...

Mas a verdade é que nas trevas não há luz, e humanos em vão buscam soluções tateando o escuro, sem primeiro procurar como trazer a luz para suas vidas...

Por muitas vezes vi entre aqueles que chegavam, pelo leito do rio dos mortos, aqueles que traziam os olhos obliquos e marcados de cansaço, pela intensa busca ao longo de suas vidas, e sem saber oque buscavam, não compreendiam oque encontravam, e assim seguiram eternamente buscando, até encontrarem seu caminho de volta ao reino dos mortos...

Mas não muda nada doque aconteceu... Quem dera eu soubesse oque fazer para mudar....

Entretanto o rio segue seu caminho, em larga passagem limpando dores, sorrisos, e quaisquer lembranças do passado, para que possam surgir novamente no mundo dos vivos, e assim, continuarem seu aprendizado atravéz dos séculos.

Infelizmente, aguas magicas, não podem resolver tudo. Existem coisas que só nós mesmos podemos solucionar, e assim reclamar a gloria e a satisfação de ter vencido esta nova fronteira.

Fronteiras existem, de varias formas, cores e tamanhos. Mas só aquele que a enfrenta, pode dizer, oque há do outro lado.

Perséphone Moriat

terça-feira, 6 de julho de 2010

Musica

Musicas...

è incrivel a capacidade do ser humano, tanto para desenvolver coisas lindas, e coisas assustadoras... mas hoje estou aqui para falar de uma das poucas coisas que são lindas...

Alguém sabe dizer, exatamente, oque são as Musicas?

É curioso o fato que mesmo pesquisando no Dicionário Online um famoso e antigo, não tenha uma definição da palavra "Música"

Procurei então no que os mortais chamam de Wiki... Uma enorme enciclopédia, que possui muitas informações, mas nem sempre as que desejamos. E eis oque encontrei:

A música (do grego μουσική τέχνη - musiké téchne, a arte das musas) é uma forma de arte que constitui-se basicamente em combinar sons e silêncio seguindo ou não uma pré-organização ao longo do tempo.

Infelizmente, não é esse tipo de definição que eu procurava... Isso é uma Dissecassão do termo... Uma forma fria de observar a forma fisica da musica... Mas à musica não é algo fisico... mas sim subjetivo... Você não consegue pegar um som com as mãos... Mas o que faz uma musica... Eu poderia passar horas descrevendo as sensações de cada compasso, cada nota ressoada por um velho e longo piano, ou o fino acorde de um violino, sem conseguir descrever exatamente, oque é a musica.

A forma como uma melodia me afeta, é avassaladora...
Elas respondem minhas perguntas, lavam minhas tristezas, exaltam minhas alegrias e explodem junto com a minha raiva... a onde quer que eu vá, nao importa oque eu faça... Sempre há música no ar... Nem que seja, por um breve momento... A Melodia do Silencio...

E a forma que isso sempre está a minha volta, é incrivel... E mesmo com os arranjos mais Hardcore possiveis, as letras são tão tocantes que chegam ao fundo de nossa essência, e trazem calma, e harmonia... Nos revelam segredos...

É uma bela mentira
É uma perfeita negação
Mas que bela mentira, para se acreditar
Tão bela, bela
Que me faz acreditar
É hora de esquecer o passado
De apagar o que aconteceu atrás
Escondido atrás de uma face vazia
Não tem muito o que se dizer

"Beautiful Lie - 30 Seconds to Mars"

Nos ensinam a amar...

Você ainda é aquele para quem eu corro
Aquele a quem eu pertenço
Você é aquele que eu quero na minha vida
Você ainda é aquele que eu amo
Aquele com quem eu sonho
Você ainda é aquele que eu dou um beijo de boa noite

Não existe nada melhor
Nós derrotamos o improvável juntos
Eu estou feliz por não termos escutado
Olhe para o que nós poderíamos estar perdendo

"Still the One - Shania Twain"

Nos ensinam a nos despedir...

Eu nunca soube que podia doer tanto
E a cada dia que a vida passa eu desejo
Poder falar com você por um tempo
Sinto saudades mas eu tento não chorar
Enquanto o tempo passa

E é verdade que você
Atingiu um lugar melhor
Mas eu ainda daria o mundo para ver seu rosto
E estar bem a seu lado
Mas é como se você tivesse ido cedo demais
E agora a coisa mais difícil de fazer
É dizer adeus

"Bye Bye - Mariah Carey"

Nos levam a refletir...

Minha sombra, a única que anda do meu lado
Meu coração raso, a única coisa que está batendo
Às vezes eu desejo que alguém me encontre
Até lá, eu andarei só

"Boulevard of Broken Dreams - Green Day"

Elas falam de tantas coisas... Tantas alegrias, tristezas, histórias para se ouvir... e a humanidade perde tempo com palavras pútridas e degeneradas, repetidas sob batidas e passos hipnóticos, que de nada servem, nada ensinam, nada valem...

Eu me sinto triste em ver, os pequenos que chegam até nós... que se fascinam com o mundo em que eu vivo... Só de observar a cachoeira da vida... ou os ecos do silencio, nas gargantas das cavernas, num mundo mudo. Eu fico imaginando, a grandiosa Sabedoria, que a raça humana deteria, se desse valor a seus músicos... Seus grandes autores... E não à seus entraves... Suas escórias... Aquela podridão da humanidade que só deseja crescer as custas dos menores, e tudo mais oque deseja por ganancia e não por amor...

Recebemos um grande musico há algum tempo... E eu acredito que como ele não haverá igual... Vou deixar aqui uma musica, que é um apelo dele, pelo mundo onde ele viveu.. e onde vocês viverão por muito tempo...

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Sobre Livros...

Sim, eu adoro ler... Não li tantos livros que gostaria de ter lido aos 20 anos, maaaas, ja estou aqui, e vou correr atráz do prejuízo.

Recentemente, esta minha amiga, me indicou um site sobre livros, o Skoob... Sim, um anagrama bobo, mas um bom lugar pra se relacionar com pessoas com o mesmo gosto: Leitura.

E ali eu vi a opção de escrever resenhas sobre os livros... Eu sempre fui meio critica, para tudo oque faço... Aqui no outro mundo não há muitas margens para erros, já que estão todos mortos, se alguém explodir uma bomba n vai matar ninguem... e as poucas coisas que acontecem, eu não deixo passar facilmente... E assim, eu escrevi algumas... Sim, estas são um pouco drasticas, mediante às minhas decepções com os mesmos, mas em breve estarei postando tanto aqui como lá, resenhas de livros incriveis, que li durante a minha curta estadia aqui.

Até a proxima...

Perséphone Moriat

Resenha de livro: A Menina que Roubava Livros

Apenas uma palavra... Decpcionante.
Eu tenho que discordar de alguns dos leitores que vi em alguns site, que diziam que o livro é extremista, ou você o ama, ou o odeia

Mas eu acredito que existe sim um meio termo... Eu acho esse livro assim como alguns poucos que chegaram às minhas mãos recentemente, Vazio. Sim, a história eh tocante, sobre o drama de uma menininha sobrevivendo à segunda guerra mundial, mas não tão profunda ao ponto de dizer que é possivel tirar uma lição ou qualquer aspecto marcante ou aproveitamento da história. Não é aquele livro que você termina de ler e atira pela janela rezando para que chova em cima, mas também não é o tipo de livro que arranca "Ohh"s a cada pagina.

A ideia de escrever sob o ponto de vista da Morte, como uma andarilha, é bem interessante, mas a meu ver foi mal aproveitada. O Texto é esparso e cansativo, do tipo sonolento, mas com atividade o suficiente para fazer com que se termine a leitura. Apesar da triste história de Liesel ao fim do mesmo você sente que apesar de tudo que foi descrito, como se houvesse um vácuo em meio a história... Os cenários são parcamente descritos, assim como seus personagens, oque te deixa com a sensação que você conhece a história, mas não "esteve" nela. Recentemente eu tenho lido alguns livros que assim como este, mostra inumeras páginas mas ao fim do livro, você poderia resumi-lo em algumas linhas, oque me deixa a ligeira duvida se isso não começou com um conto que depois do autor ter se empolgado com o volume ja escrito não terminou como um livro que depois de bem açucarado arrebata ideias de quem gosta do genero.

Resumindo... O livro não é de todo ruim... a ideia geral é boa.. Só é pobre em desenvolvimento, deixando o livro vazio.

Resenha de livro: A Vida Secreta de Laszlo, Conde Drácula

O livro se trata de um médico com um fascínio simples: Sangue.
Ao contrario daqueles vampiros tradicionais que todos estamos acostumados, este não é um "amaldiçoado" e sim um homem que por medo de ter contraído Sifilis e do despego à vida causado pelo receio da doença procura outras formas de satisfazer-se.

Acho descontextuado, a comparação desta obra com as incríveis e monumentais criações de Anne Rice... Confesso que tive que forçar-me a terminar a leitura, já que se tratando de um diário, em alguns aspectos ele se torna repetitivo e massante... O texto é bem construido, mas não era exatamente oque eu esperava do livro, resultante na minha opinião. I final é cativante, deixando que o leitor imagine oque aconteceu com o personagem, mas não muda a história do livro em si...

Entãos se você procura vampiros, conspirações e coisas sobrenaturais... este não é o seu livro.

domingo, 4 de julho de 2010

Domingo, sono e algo mais...

Aaaahh!!!! Que sono... Vim aqui postar alguma coisa, já que minha linda e pequena filhota, resolveu acordar as 5h AM em plena manhã de domingo... Não consigo entender a fixação religiosa sobre a folga específica em fins de semana, afinal é um dia como qualquer outro... Mas admitindo o clichê, e ao hábito que construímos num país em sua maioria católico, levantar cedo num dia de folga me soa como um sacrilégio para quem foi dormir tarde.

Esses dias recentemente acordei de volta para minha vida online... Estive com a presença do Grande Chronos em minha casa, oque me fez afastar da da rotineira visita à alguns sites e às clássicas checagem de e-mails... Estando de volta, encontrei-me com uma amiga que me relembrou de tirar o pó de certas contas como o Twitter e outras coisas que apenas servem para nos entreter e distrair... Em meio a personalizações e milhões de auto-descrições e postagens de fotos, eu me vi tão absorta que perdi tardes inteiras, apenas interrompendo quando necessário para cuidar de minha filha. Mesmo assim isso me faz pensar... Oque tudo isso representa... Estou tentando me manter proxima aos meus amigos, ou apenas seguindo ondas que passam rapidamente, desperdiçando horas que poderia aproveitar de melhor forma e que nunca poderei refazer? Este pensamento me faz lembrar de uma comica, e triste analogia, que uma mãe, desesperada e fanática, por julgar "Pecaminoso" o relacionamento homosexual da filha, taxou o meio de comunicação que a filha usou para conhecer a parceira de "Infernet". O tosco trocadilho as vezes atormenta meus pensamentos, não pelo problema que isso acarreta a alguns, que não sabem separar quando devem ou não se abster de certos aspectos, mas a mágoa que isso gera naquela familia... Sinto falta dessa minha amiga... Devido ao meu apoio ao relacionamento, e ao transtorno emocional que tomou toda a familia, me vi obrigada a me afastar dela... Ainda tento manter algum contato, mas é raro conseguir... O que faz a minha mente divagar ainda mais longe... Porquê a fixação contra a felicidade?

Eu acho interessante, aqueles que se dizem homossexuais... Não pelo que chamam de bizarrices, mas pelo amor que nasce entre eles... Tenho o orgulho de dizer que conheço alguns casais, que são felizes, e se amam de uma forma, tão tocante de se ver, que me dá a ideia de que eles em alguns casos, apesar de toda dor e toda luta, são mais felizes que alguns casais heterossexuais. Eu tenho um marido simplesmente incrivel... Mas como minha avó diz até hoje, "Se você tem algo bom, não faça alarde, pois ao menor sinal de carne, os abutres vêm correndo" eu não vou fazer muita propaganda... Mas ele é otimo! Ele me entende, me ajuda e nos ama... É tudo oque eu preciso...

Mas mesmo assistindo de camarote certos melodramas, eu não consigo evitar de compará-los à novelas... Não aquelas geniosamente escritas como "O Clone" ou "Caminho das Indias" mas aquelas novelinhas mexicanas que passam até hoje sem parar na SBT... Eu ainda sento e assisto essas novelas com a minha avó quando estou na casa dela, e tento me segurar para não estourar de rir, com perdas de memórias eternas, amigas não tão amigas assim e triagulos quintuplos amorosos... Eu não consigo evitar de rir de lembrar de quantos desses ja vi pessoalmente... parece que vivo numa emissora de TV... Ou será que a TV apenas retrata oque acontece, mas estamos tão dentro de suas redes que imaginamos o contrário?

Mas estou divagando mais uma vez... isso acontece bastante... Voltanto à Vaca Fria, como diria Safiri, eu realmente luto para compreender certos aspectos da humanidade... Principalmente seus valores... Eu como observadora, não consigo entender a disputa entre filhos por uma herança que é apenas dividas, por paranóia de que um está escondendo dinheiro do outro... Ou a filha que espera pacientemente sem trabalhar, ou ajudar, a morte da mãe doente por uma herança de um seguro de vida que no máximo paga um carro de classe média... Ou mesmo a Esposa que trai o marido que vai país a fora em busca de dinheiro para sustentar a familia... Os irmãos que disputam o dinheiro da mãe, sempre se comparando ao outro, sempre reclamando que um recebeu mais... Eu não consigo entender o porquê, dessa disputa e da falsidade por traz disso, afinal, você sorri para aquele que devia amar, mas se remoi por dentro por qualquer que seja o maldito motivo disso...

Bem, Infelizmente, como toda mulher neste triste planeta, eu tenho meus ciclos, e com as Idas e Vindas cuidado de minha pequena Selena, já são 10:30 e eu estou morrendo de dor...

Outra hora eu retorno com mais pensamentos disconexos...

Perséphone Moriat

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Uma pequena apresentação...

Boa noite... Eu venho a algum tempo tentando criar o hábito de postar minhas memorias em textos digitais, afim de não perdê-las com o tempo...

Eu sou uma pessoa simples... Alguns diriam que saída do inferno, outras, criada em um, e mediante a essas analogias simples mas frequentes, passei a observar o fluxo da vida de forma diferente... Algumas crenças dizem que os mortos, que não aceitam a propria morte, tendem a invejar os vivos, desejando ter suas oportunidades... Viver como eles... Terem aproveitado melhor seu tempo... E assim, passei a tentar observar a vida, de forma espectadora... Aproveitando a minha estadia apreciando oque tenho e aqueles que estão à minha volta... Pois tudo é passageiro, e do quê adianta passar a vida desejando mais sem aproveitar oque recebe de graça?

O amor do companheiro, a alegria dos filhos, e o prazer da companhia mutua entre amigos... São coisas que acabam passando desapercebidos por meio do tumulto do dia-à-dia daqueles que buscam pseudo-prazeres que de nada servem doque alimentar o desejo de mais...

Qual é o mal, de passar uma tarde de domingo num parque com a sua linda bebê que sorri maravilhada vendo coisas pela primeira vez?
Qual é o mal de gastar algumas horas, lendo um livro numa noite de chuva, que você tem certeza que não pode fazer mais nada?
O que houve com o amor ao nosso mundo, à nossa Terra?
Porque a humanidade fecha os olhos ao sangue que escorre dela?


Bem... não adianta ficar divagando... Terei muito tempo para descrever e expor tudo oque venho armazenando durante esta minha curta estadia no estado que chamam de vida... Que parafrazeando o grande Tim Burton, em uma de suas comicas obras, "Já sabemos que isso é algo circunstancial, Que se acaba de repente sem nenhum sinal"

Eu sei que o que eu escrevo não agrada à muitos, que vão desde criticas de livros, á horas de filosofias que saem pura e simplesmente dos meus momentos de reflexão, mas aos que agradarem, comentários serão bem vindos ^^

Grata

Perséphone Moriat