segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Festival das Sakuras


Um festival dedicado à celebrar a primavera, que costuma ser marcado pelo florescer das cerejeiras no japão.
Sua beleza é considerada rara, devido ao fato das arvores florescerem apenas uma vez por ano... As flores, só duram de 7 a 10 dias, oque faz com que o povo do japão, ou os mais tradicionais pelo menos, pare tudo, só para observá-las. Essa tradição é chamada de Hanami - Observar as Flores  -.

Houveram varias apresentações de dança tradicional, taiko, e cantores. Eu posso não entender japonês, mas vi varias pessoas emocionadas com algumas canções.

Eu sempre fui curiosa sobre essa tradição, e confesso que quando cheguei no parque, eu compreendi um pouco do fascínio que o povo japonês tem pela cerejeira. No Parque do Carmo, existe o Bosque das Cerejeiras... E eu posso afirmar que é um dos lugares mais belos que eu poderia ver... Acho que eu apreciaria melhor se ele não estivesse tão cheio, mas devido a escassês de tempo e a delicadeza da beleza em cada detalhe que recobria aqueles galhos, eu acho que posso abrir uma excessão... A primeira coisa que se via na entrada do bosque, contornado por uma cerca de madeira delicada, é um aviso dizendo "Não arranque as flores. Não balance as arvores." Que obviamente todos ignoravam... Encontrei dois pequenos galhos, que alguém havia arrancando e descartado e acabei trazendo-os comigo... Acho que passei algum tempo colhendo flores caídas das arvores... estão guardadas num lenço, não tenho a menor ideia doque fazer com elas, mas eu não consegui evitar... A sutil beleza vinda delas era tão impactante que cria o desejo de guardá-la. Eu compreendo aqueles que colheram ramos e levaram para suas casas... Se eu pudesse eu acho que trazia uma arvore inteira... A quantidade de detalhes, que advém de uma pequena flor é extasiante.

É impossível descrever algo tão profundo, e ao mesmo tempo, tão simples. Olhando simploriamente, não há nada de mais. Arvores, recobertas de pequeninas flores rosas, no bosque são mais claras beirando o branco, enquanto em outros pontos do parque existem aquelas com tons mais fortes. Não são muito altas, cujo tronco fino atribui um senso de delicadeza débil e frágil. Despida de folhas, a Cerejeira se recobre de flores numa exuberante demonstração de beleza e serenidade. As flores, do tamanho de uma moeda, são mais graciosas em seu minimalismo, com suas pequenas cinco pétalas, em tom claro e pistilos em tons mais escuros, sem o toque de qualquer outra tonalidade por toda a extensão da flor. Por algum motivo mágico, essa pequenina flor faz como que você queira observá-la por horas a fio... e mesmo assim, cada segundo não é perdido.

É incrível a sensação de pureza que um ambiente como esse transmite. Por mais cheio que estivesse, quando eu estava perdida entre as arvores esquadrinhando o chão através de flores derrubadas pelo vento, eu me encontrava ouvindo o silêncio. Por mais que eu olhasse em volta, e avistasse um grande numero de pessoas, eu percebia, a paz e o silencio que aquele local evocava.

A Solenidade, vinda de algum lugar do aether, se fazia presente, pelo menos para mim. E eu acho que é esse o espirito que invade o povo japonês, fazendo como que eles celebrem e comemorem esse momento tão divino.

Acho, que tudo oque posso dizer, é que foi uma honra poder presenciar algo tão belo...

Perséphone Moriat

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